terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dossiê SPNA (SuperPato Novas Aventuras)


Faz algum tempo que eu comprava essa revista. Era 1998, e a famigerada Saga do Clone estava me irritando! Não estava mais comprando nem Marvel nem DC, mas queria ler alguma coisa. Eu ainda era moleque, e ví um comercial na TV anunciando uma nova revista: SuperPato - Novas Aventuras. Lembro que tinha gostado da capa, e já havia lido algo sobre o alter-ego do Pato Donald e havia gostado, então decidi comprar. Na época, era uma revista cara (R$: 5,00) se comparada as outras, mas me encantei logo de início com o teor da história. Não era o velho Donald se dando mal como sempre. Havia um enredo legal, com boas doses de humor, mas muita ação! E personagens muito bem trabalhados. E essa qualidade perdurou pelas poucas 06 edições do personagem. Infelizmente, a revista não vendeu tanto quanto a Abril Jovem gostaria, e teve de ser cancelada. Mas, para mim, ainda é a melhor revista de toda aquela geração! Vou explicar agora que revista foi essa que me fez abandonar as comics tradicionais sem sentir falta...

QUEM ERA QUEM NO UNIVERSO DE SUPERPATO
SPNA começava em um universo futurista, com grandes prédios e alta tecnologia. E no coração da cidade, está a Patofuts Tower, um gigantesco arranha-céu criado por E. Duardo Patofuts. E é lá que Donald trabalha, como um zelador. Há um jornal famoso, o 00 Channel, onde um jornalista chamado Tecão Jones tenta difamar o Superpato a qualquer custo! No mesmo jornal está Lya, que secretamente é uma andróide vinda do futuro. Ela é aliada ao Superpato, e rola um clima meio que de amizade colorida, mesmo sabendo da origem humanóide dela. E falando em robôs, há o Mestre, principal aliado do herói. Criado por E. Duardo Patofuts, usa a tecnologia de seu criador para ajudar Superpato em sua carreira heróica.
Os principais inimigos do Superpato são os Antarianos, aliens que querem dominar o planeta Terra. Destaque para Zondag e Zoster, que aparecem na primeira edição. O primeiro é líder do cruzador que sobrevoa Vênus, e o outro é o comandante da equipe científica da nave. Há também outros com bom destaque, e as "chamas-frias", que são outras raças abduzidas pelos antarianos. São os inimigos mais frequentes das histórias, e sempre rendem boas aventuras. Eles se reproduzem numa forma parecida com aboboras, e uma vez até foram confundidos com tais legumes... Destaque para Xandum, uma guerreira xerbiana que caça os antarianos. Extremamente poderosa, e uma aliada importantíssima para Superpato! Sozinha, ela destruiu o cruzador Antariano em Vênus, numa excelente primeira edição...

Mas não são apenas os Antarianos que infernizam a vida do Superpato. Há grandes momentos com o vilão Demolidor, este vindo do futuro. Muito habilidoso e inteligente, é uma espécie de conquistador. E quando falamos dele, lembramos também da Polícia Temporal, que é responsável por manter o status quo da realidade. Mesmo agindo conforme a lei, nem sempre confiam no herói. E vale mencionar os cientistas loucos, como Morgan Fairfax, que tencionou afundar Patópolis para poder melhorar o mundo (história longa, mas era bem legal e fazia todo sentido o plano dele, entrando em conflitos entre a lógica e a ética). Fora o que infelizmente não foi mostrado no Brasil...
O teor de suas histórias sempre envolviam ficção científica, investigação, mas sempre com uma dose de humor na medida certa. Lembra um pouco Darkwing Duck, mas de uma forma mais profunda. Há questões em que Donald precisa decidir o que é certo, o que nem sempre é lógico. Personagens morrem, afetam a vida dos outros, etc. Donald deixa de ser aquele eterno azarado para se tornar um herói de verdade, astucioso, humano, questionador... Apesar de receber ajuda de Mestre, muitas vezes Superpato precisa se virar sozinho, fazer decisões, etc. Na edição 05, por exemplo, ele toma decisões e raciocina por sí mesmo. Na edição 03, ele luta mesmo sem a ajuda do amigo! Superpato se torna cada vez mais um herói, a cada aventura...
Infelizmente, as vendas não foram tão boas como a editora brasileira esperava. Será que alguns imaginaram tratar-se de uma história para crianças? Se foi esse o caso, estavam bem enganados! Os conflitos morais, o tom mais sério abordado pela revista, só mostrava que o público alvo era sim o público mais adulto. Apesar das excelentes histórias, SPNA só durou 06 edições aqui no Brasil. A edição italiana (onde tudo começou), no entanto, seguiu firme por um bom tempo, até ser vítima de um reboot, e perdeu-se muito do teor mais adulto da revista. Não durou muito tempo. Mas ficará para a história essa grande revista, que certamente deixou muitas saudades...

Carlos HB




Em sentido horário: Xandum, Tecão, soldado antariano, Lya, Mestre e Superpato no centro.

Capa das revistas publicadas no Brasil



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um conto de Dillian Fa

A BATALHA DE KARNEK-3 (CONT.)
Capítulo 05: Caçados
Enquanto Dillian e Sward seguiam para o norte, Krofa e Liomer-K rumaram para o leste. Lá se encontravam as cavernas de Krrabour, lugar onde facilmente visitantes indesejados poderiam se esconder. Krofa respira fundo o gás de seus recipientes. Ele sabe que, logo que entrarem naquelas cavernas escuras, estariam correndo perigo. Olhando para Liomer, ele fala:
Vamos entrar nas cavernas. Preciso que você me dê cobertura. Fique atento a nossa retaguarda, enquanto entramos. Prevejo perigo a nossa frente...
Liomer responde meramente com um balançar de cabeça. Logo que entram, o sábio guerreiro Kondariano usa uma espécie de lanterna, seguindo em frente. Liomer reclama do grande odor daquele local, e logo Krofa reconhece ser Gás Metano, outro tipo de gás que sua raça pode respirar. Retirando, então, sua máscara de gás em grande alívio, comenta:
Isso é um grande alívio, Liomer! Agora, acho que o gás metano daqui indica corpos em decomposição, então na melhor das hipóteses, há animais selvagens aqui. Por isso... - Krofa volta seu olhar para Liomer, e percebe que ele desapareceu! - Liomer? LIOMER?
Krofa não tem tempo de procurar seu aliado. A escuridão do local é cortada com a luz de um disparo! O guerreiro cósmico, acuado, procura esconderijo em algumas estalagmites. Acuado, ele responde com um outro disparo, tentando ver seu atacante. A lanterna estava fora de alcance, num local aberto a disparos. Acuado, o guerreiro grita:
QUEM É VOCÊ? APAREÇA!
Sem resposta, Krofa dispara novamente, e pode ver duas silhuetas escondidas nas pedras. Sabendo que está em desvantagem, pensa em alguma estratégia para escapar. Dando mais um tiro para ver melhor o ambiente, quase é atingido por um tiro, mas consegue planejar algo. Dando tiros em direção ao teto, consegue derrubar algumas estalactites, que caem sobre seus adversários. Aproveitando-se da situação, pula rapidamente para pegar sua lanterna e chegar mais perto do local onde estavam seus adversários. Iluminando mais, percebe que apenas um deles fora derrubado pelas estalactites. Era um metaborg, assassinos criados a partir de guerreiros mortos e reanimados ciberneticamente, geralmente programados para uma missão especifica. O metaborg estava semi destruído, com sua força central se apagando. Sem perceber, Krofa era alvo do outro metaborg, que já preparava-se para o ataque.
Então, o brilho de uma espada de energia verde corta o ar, e o metaborg tem sua cabeça decepada! Liomer acabara de chegar no local.
Liomer! Onde você estava?
Desculpe, Krofa! O cheiro desse lugar estava me dando enjoo e... bem, voltei pra recuperar o fôlego.
Voltou em boa hora! Infelizmente perdemos esses metaborgs. Jamais saberemos quem os programou...
Verdade... Uma pena!
Os dois guerreiros resolvem voltar para informar Halak Qwan sobre o ocorrido. Liomer permanecia calado, meio desconfortável com alguma coisa. Krofa Arpor apenas meditava. Se os metaborgs foram programados para ataca-los, por que não foram atrás de Liomer? Ou era outro objetivo? O sábio guerreiro apenas guarda esses assuntos para sí, enquanto continua sua jornada...